Hoje no arxiv.org

 [post técnico]

chamou-me atenção o artigo,


arxiv:0807.3692

que mostrou o seguinte: um universo FRW com constante cosmológica (CC) e um fluido imperfeito com viscosidade proporcional a 1/Hb, com b> 1 um parâmetro constante e H o parâmetro de Hubble, tende a um universo de Sitter no futuro (quando o fator de escala vai a infinito) com um parâmetro de Hubble H inversamente proporcional a constante cosmológica nua (bare). Assim, é possível colocar uma constante cosmológica muito grande na Lagrangeana e obter um valor pequeno para a constante cosmológica observável, resolvendo o problema da constante cosmológica.

Algo tão simples, porque ninguém pensou nisso antes? Será meio embaraçoso se um fluido imperfeito for responsável pelo pequeno valor observado da CC... todas aquelas contas de superpotenciais na supergravitação de 11 dimensões vão para onde?  wondering

2 comentários:

Bruno disse...

Dr. Motta,

"Será meio embaraçoso se um fluido imperfeito for responsável pelo pequeno valor observado da CC... todas aquelas contas de superpotenciais na supergravitação de 11 dimensões vão para onde?"

Supondo que seja possível, precisa trocar em miúdos para que o leigo possa "entender" Dr. Motta! A única coisa que pude pensar foi: isso inviabiliza a proposta da Teoria de Supercordas de quantizar a gravidade. É isso? Não deve ser! Acho que errei...

Bruno

Leonardo Motta disse...

@Bruno: ah, na verdade só quis dizer que seria engraçado se a solução do problema da constante cosmológica fosse algo simples como o efeito de um fluido imperfeito. Nesse caso, poucas linhas de cálculo resolvem o problema.

Nos anos 80 alguns autores (Cremmer, Witten, Bagger e outros) montaram Lagrangeanas de supergravitação com supersimetria espontaneamente quebrada que mantivessem um valor naturalmente pequeno para a constante cosmológica... Nesse caso a solução exige muito esforço algébrico [por parte de quem faz a conta...]